segunda-feira, 11 de agosto de 2008

A verdadeira face da ilusão

A ilusão é tão docemente impiedosa que é difícil saber distinguir o real do imaginário; a verdade da mentira. Mas em certas ocasiões, a verdade está tão despida que é impossível iludir-se, a menos que seja proposital. A menos que você compre a sua própria ilusão, criando em torno de algo uma alegoria, uma fantasia para encobrir a verdade que é tão dura. Parem de pensar serem vítimas por terem sido enganados. A ilusão é gratuita, só se deixa embalar pela música banal da ilusão quem realmente quer.

É maravilhoso se deixar seduzir pela mentira lasciva e sensual, cair de peito aberto no precipício das emoções e pensar viver num mundo cor-de-rosa; pensar que é amado, que é correspondido. Onde existe realmente esse amor, a não ser o puro desejo repentino, ardente e explosivo? Onde foi criado esse amor, que nada mais é (no caso, foi) uma histeria de emoções, que agora é finito, ou pelo menos não atende mais aos interesses vigentes?

Não existe amor, nunca existiu, nem se quer o seu oposto. Apenas um sentimento carnal, que agora é traduzido como uma amizade, até que os hormônios falem mais alto novamente e tragam de volta as emoções confusas e histéricas. A ilusão nesse caso nada mais é do que a confusão que se dá entre o amor e o desejo. A carência atropela a razão fazendo com que se esqueça do bom senso e passe a não ver as coisas como realmente são.

O sofrimento é totalmente opicional, escolhe-se por sofrer. A ilusão é igualmente gratuita, deixa-se levar quem realmente quer. É um jogo onde tudo ocorre por conta e risco do jogador, os mais espertos manipulam os mais vulneráveis. Existem armadilhas, onde escolhe-se cair. Não existem vítimas inocentes, assina-se um contrato com as aparências e o resultado são lágrimas e cinzeiros cheios, tudo anteriormente discriminado no contrato.

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